PLANEJAMENTO DE AULA
Planejar as
experiências das crianças é fundamental para que as intenções educativas sejam
revertidas em aprendizagem e desenvolvimento.
De
acordo com Figueiredo (2017, p.93) um bom planejamento inclui:
1. Oração
2. Leitura Bíblica
3. Antecedência
4. Objetivos
5. Escolha do método
6. Organização do esboço da lição
A oração é
fundamental para a vida cristã, sem ela e sem a leitura sistemática da Bíblia
não haverá ensino bíblico de verdade.
A organização do
esboço da lição está relacionada ao plano de aula, que é o direcionamento que o
professor vai ter durante sua aula. O professor deve elaborar um plano de
aula. O ensino bíblico mal administrado pode matar espiritualmente em vez de
nutrir. Assim sendo, deve-se ter cuidado e sabedoria ao ensinar, ao alimentar
as ovelhinhas do Senhor, pois Ele requererá diante do seu Tribunal (Lc. 16.1,2;
Rm 12.6-8) (FIGUEIREDO,2017, p.95)
DIDÁTICA
Manejo
de Classe
O
manejo de classe, refere-se ao desenvolvimento da aula; algumas técnicas
didáticas são importantes para um bom desenvolvimento da aula:
·
Boa comunicação com as crianças;
·
Manter a organização do espaço físico;
·
Evitar excesso de estímulos visuais;
·
Manter a disciplina por meio de uma rotina bem
organizada;
·
Domínio do conteúdo que será ensinado;
·
Habilidade no uso de recursos visuais (só
utilizar um recurso que conheça e saiba manusear);
·
Realização das atividades de acordo com o
conteúdo proposto e de acordo com a faixa etária das crianças;
·
Administrar o tempo de acordo com o nível de
concentração da faixa etária da turma.
Ambientação da sala
A ambientação da sala de aula, tem três
objetivos principais:
·
Reforçar as aprendizagens por meio de visuais;
·
Tornar a sala mais atrativa para a permanência
da criança;
·
Servir de registro do que foi ensinado,
permitindo que as pessoas que visitam a sala conheçam o trabalho realizado ali.
Recursos Didáticos
Os recursos didáticos são de fundamental importância para trabalhar com
crianças, pois eles são os meios utilizados para facilitar a aprendizagem do
que queremos ensinar.
O material educativo é um meio de motivar, desenvolver, reforçar e
consolidar as aprendizagens das crianças. Constitui-se assim o instrumento de
consulta, um meio que permite apresentar a sistematização de resultados das
atividades didáticas.
É um agente imprescindível nos processos de observação, análise, síntese
e formação de conceitos, além de construir hipóteses e viver experiências.
Saber que recurso utilizar é tão importante quanto o recurso em si. A
finalidade do uso do recurso deve ser, principalmente, tornarmos prazerosa e
eficiente a aprendizagem.
Ao escolher o recurso
leve em consideração o seguinte:
1 – O
assunto a ser abordado e o objetivo a ser atingido. Não utilize um recurso
simplesmente porque é bonito, novo ou legal; ele precisa ter a ver com o
objetivo proposto e com a atividade a ser desenvolvida.
2 – O
aluno. Respeite a faixa etária e as características de seus alunos. Certo
recurso pode não ser apropriado para uma determinada faixa etária.
3 – Sua
habilidade em utilizar o recurso. É necessário se preparar e treinar como
utilizá-lo para que não haja surpresa na hora do ensino.
4 – Do
tamanho do grupo. Objetos ou imagens pequenas num grupo grande pode distorcer
aquilo que está sendo ensinado e causar desinteresse.
5 – O
tempo disponível permitirá a utilização de apenas um recursou ou mais?
6 – Avalie
se o ambiente não prejudica a utilização do recurso. (EIRAS,2011, p.02)
Rotina
O uso de rotinas é recomendado por
todos os teóricos em educação, pois possibilita que a criança estabeleça uma
relação logica de aprendizagem, pois através da sequência de atividades
propostas, ela poderá fazer elaborações mentais sobre organização, autonomia e
independência.
Estas elaborações mentais ajudam na
aprendizagem e desenvolvimento da criança e permitem também que o professor
tenha um maior controle sobre o comportamento da turma.
Atividade
As atividades em sala de aula têm
objetivo de reforçar o assunto estudado. Não é pra distrair ou entreter a
criança, mas para fortalecer o aprendizado. A atividade pode ser escrita ou
não.
DESENVOLVIMENTO
INFANTIL
O apóstolo Paulo destaca “Quando
eu era menino, falava como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei
com as coisas de menino.” (1 Coríntios 13.11), ou seja, quando criança
apresentava comportamentos que foram modificados quando chegou a fase adulta.
Há comportamentos que são próprios da infância,
assim como há formas de aprender que são próprias de cada idade, as quais
precisamos conhecer para ensinar de forma mais efetiva. A seguir veremos a
divisão da infância por estágios e quais as principais características de cada
estágio.
De 0 a 2 anos – a criança aprende
principalmente através de movimentos, através dos sentidos (visão, audição,
paladar, olfato e tato). Está começando a perceber pessoas e objetos.
Entre 2 e 7 anos – Aprende principalmente
através da manipulação ou da observação de materiais concretos, também aprende
por imitação e repetição. De acordo com a neurociência, nesta fase as crianças
devem ser estimuladas visualmente e incentivadas à repetição para fixação no
cérebro.
De 7 a 12 anos – A criança nesta fase precisa
de orientações claras sobre o que deve fazer, pode perder o interesse com
facilidade. Aprende com mais facilidade através de desafios e quando é
estimulada a criar alguma coisa. Gosta de elogios e seu senso de responsabilidade
está mais aparente.
A partir dos 13 anos – A fase de transição
entre infância e adolescência exige bastante atenção, nesta fase, o aprendizado
ocorre com mais facilidade com atividades em grupo, atividades que integrem sua
vida diária ao que ele está aprendendo na escola. Podem apresentar uma maior
timidez, então as melhores atividades não exigem muita exposição, mas
principalmente esforço mental.
A cada fase de desenvolvimento
da criança vão surgindo novas necessidades no que se refere ao ensino, o
educador cristão deve estar consciente de que à medida em que as crianças vão
aprimorando suas formas de pensar, a maneira de ensinar também deve mudar.
Crianças menores exigem maior dinamismo, enquanto, crianças maiores exigem maior
atenção.
REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BÍBLIA, Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento.
Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição rev. e atualizada no Brasil.
Brasília: Sociedade Bíblia do Brasil,2010.
BUENO, Telma. Boas Ideias para Professores de Educação
Cristã. Rio de Janeiro: CPAD,2015.
CHAVES, Suely Lima. Princípios Teológicos e Didáticos da
Evangelização e Discipulado de Pré – Adolescentes e Crianças. São Luís, MA:
CEADEMA,2017.
COLSON, Charles. PEARCEY,
Nancy. O cristão na Cultura de Hoje.
Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
EIRAS. Denize Barboza, Criatividade e Arte – Recursos para todas
as ocasiões. Curitiba: Santos Editora, 2011.
FIGUEIREDO, Helena. A importância do Evangelismo Infanto –
Juvenil. Rio de Janeiro: CPAD,2017.
GARCIA, J.N. Manual de Dificuldades de Aprendizagem.
Linguagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas,
1998.
OLIVEIRA, João Batista
Araújo. Aprender e Ensinar. Belo
Horizonte: Alfa Educativa, 2007.
TULLER,Marcos. Recursos Didáticos para a Escola Dominical.
Rio de Janeiro: CPAD,2013.
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